Nos meus planos de assistir alguns filmes antigos acabo de assistir Casablanca. Uma boa trama com um final tipo John Wayne para nosso caro Rick. O que me interessou para comentar aqui foi a frase da despedida no aeroporto: “We will always have Paris”.
Ter lembranças de bons momentos. Muitas vezes os relacionamentos acabam em grandes brigas e separações conturbadas. De repente duas pessoas que se gostavam tanto a ponto de dividir o mesmo ambiente passam a agir como inimigos. Não são raros os casos de separações em que só o que ouvimos são as lamentações. Parece que todo o tempo que foi desfrutado em convívio não passou de um tormento suportado até o último instante e parece impossível que algum dia essas pessoas tenham realmente se gostado. Parece que Paris ficou arrasada com a invasão nazista do convívio diário a ponto de o casal não se suportar mais.
Por que é tão difícil que as pessoas possam olhar para o seu passado e limpar a fumaça do bombardeio e através dela enxergar o belo cenário de outrora?
Talvez seja pelo medo de ter uma recaída e tentar rever o que se perdeu com a separação, mas isso seria um sinal de que as coisas não ficaram bem resolvidas. Coisas mal resolvidas sempre acabam incomodando, é como aquela pedrinha que entrou no sapato e você ignorou. Com o tempo a pedrinha gera uma ferida pode se agravar. Tanto estrago por, talvez, falta de diálogo.
Resolver as pequenas pendengas é fundamental para um relacionamento funcionar, evitando estragos maiores no futuro. Se não for possível resolver, então que saia tudo esclarecido e ambas as partes possam sair de coração leve do relacionamento. Quando essas pessoas se encontrarem por aí poderão conversar e dizer “tudo bem contigo?” com a certeza de que a frase é sincera, não uma mera formalidade.
Isso me lembra um trecho de uma música:
“Hoje o coração recorda
Mas não sente falta
De quem não lhe quis
Anda por aí à toa
Para quem perdoa
A vida é mais feliz” (Érlon Péricles)
Eis aí mais uma pérola do nativismo gaúcho
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Há 15 anos
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